Uma Igreja em Saída por Amor
Termina o mês missionário. A missão, essa recomeça a cada dia para quem experimenta que “a alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontraram com Jesus”, como nos recorda Francisco.
Desde que foi eleito Papa, Francisco se propôs a retomar, radicalmente, os apelos de Jesus de Nazaré que veio para que todas e todos tenham vida plena. O Papa insta os cristãos a não somente buscar “salvar as almas”, como ainda insistem alguns. Há que se salvar o planeta, a criação desejada, arquitetada, abençoada por Deus. Testemunhar o que se experimenta dessa presença libertadora de Jesus de Nazaré para todas as pessoas, porque essa certeza, essa alegria e essa necessidade de falar do que se experimenta transborda a vida inteira!
Para isso, cada qual, assumindo seu batismo, é chamado/a a ir ao encontro do outro. É assim que Jesus aparece nos evangelhos: partilhando a vida de quem encontrava pelo caminho, com ternura, firmeza e misericórdia. É assim que também nós devemos seguir. Jesus estava sempre em marcha… E buscava, ouvia, tocava as pessoas que estavam fora do centro. É nas periferias existenciais e sociais que também nós somos chamadas/os a anunciar a alegria do evangelho, partindo da realidade das próprias pessoas, de suas dores e esperanças, andando lado a lado com quem mais precisa de nós.
“A igreja deve sair de si mesma, rumo às periferias existenciais.
Uma igreja auto-referencial prende Jesus Cristo dentro de si
e não o deixa sair.
É a igreja mundana, que vive para si mesma.”
(Cardeal Bergoglio aos seus colegas cardeais, em 9 de março de 2013, dias antes do início do conclave que o elegeria papa).