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A força do silêncio

“Então, senti um choque! Porque a minha vivência de Igreja aqui, vamos dizer assim, é sempre coisas muito mais… barulhentas! E a gente chega em local que tem o silêncio como o principal elemento […]. Experiência mais profunda comigo mesma. Silenciar! Meditar esses cantos… algo muda dentro.” Esse é um trecho do relato de Priscila Abreu, em depoimento a este Observatório, após voltar de Taizé. Priscila participava de um Festival Internacional de Jovens, na França, com as religiosas da Assunção, quando teve oportunidade de conhecer a comunidade ecumênica de Taizé.

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Cheguei lá num sábado à tarde. Tive uma experiência muito rápida lá. Porque são 7 dias, né? O pessoal chega num domingo e fica até o sábado, normalmente.

Quando cheguei participei da oração das 8. Na capela tinha muita gente, muita gente. E eles não falam nada, nenhuma palavra antes de começar. Começam a tocar e a oração vai fluindo, sabe? Isso foi no primeiro dia. A oração vai até umas três da manhã. Os Irmãos de Taizé ficam cerca de uma hora e depois se retiram e a oração segue até a última pessoa sair da capela.

No domingo participei da Eucaristia, e foi, tudo no mesmo estilo da oração da noite anterior. Muitos cantos meditativos… uma experiência ecumênica, havia hóstia e pão consagrado também, para outros cristãos.

Pessoas de muitas línguas diferentes. Mesmo a gente não conseguindo se comunicar com as outras pessoas a coisa fluía, qualquer coisa lá. As atividades são realizadas pelas pessoas que estão passando por lá. Na parte da manhã você ajuda na limpeza, na cozinha, em qualquer coisa e, na parte da tarde, é o momento em que você vai meditar… desenvolver seu lado espiritual.

Então, senti um choque! Porque a minha vivência de Igreja aqui, vamos dizer assim, é sempre coisas muito mais… barulhentas! E a gente chega em local que tem o silêncio como o principal elemento… foi um pouco chocante. Interessante… Obriga a olhar para dentro. Mesmo pouco tempo valeu muito a pena.

Experiência mais profunda comigo mesma. Silenciar! Meditar esses cantos… algo muda dentro.

Para nós, jovens, é uma experiência bem profunda, porque a gente vive na agitação. Esse momento de interioridade foi muito especial, porque a gente chegou em Taizé e foi fazendo um caminho. Eu voltei pro Brasil com mais sede de procurar mais a Deus. Foi importante pra mim.

Priscila, que seu testemunho seja força para outras/os jovens. Obrigada!

(Fotos do face da Piscila)